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London Bridge - cartão postal da cidade |
Eu cheguei a Londres às 4 da tarde. E sabia que, àquela hora, os albergues já poderiam estar com sua lotação esgotada. Por isso, nem
tentei, como era o meu objetivo, e fui direto ao balcão de informações, onde a atendente da
Victoria Station me indicou um hotel, bem acima do meu orçamento. Cansada da viagem,
não consegui ver outra alternativa.
Quando saí da estação de metrô,
tentei me localizar no mapa e já estava começando meu caminho em direção ao
hotel, quando uma “alma” caridosa se ofereceu para carregar a minha mala. Nossa,
que povo gentil! A “alma” se apresentou e, ao longo do caminho, foi
contando que era da Argélia e que estava em Londres de férias, pela quarta ou
quinta vez. E começou a falar mal da cidade. Achei estranho. Se vou a algum
lugar e não gosto, nunca mais volto ali. E como já tinha ouvido muitas
histórias mirabolantes, comecei a achar que o cara era um traficante sei lá do
que, um cara mau, sei lá. Fiquei esperta. E com medo.
Quando chegamos ao hotel,
ele esperou que eu fizesse o check-in. Quando terminei, antes de subir para o
quarto, agradeci a gentileza, desejei boas férias etc. Mas ele disse: vou
subir. Hein?! Vou subir com você. Como assim, em que sentido? Vou subir
com você. E aí, como quem incorpora um homem grande e forte, eu falei bem alto,
no meu inglês meia-boca, para a recepcionista ouvir: não, eu não lhe conheço e você não vai subir, eu não convidei você.
Ele ainda insistiu e eu fui mais incisiva: você
sabe o que significa não? Minha resposta é não. Você não vai subir. Ou eu chamo
a polícia. A recepcionista fez menção de se aproximar, mas não foi preciso.
Ele deu meia volta e saiu. Eu subi pro meu quarto enooorme, sentei na cama e
desabei. Chorei de medo e solidão. Nunca tinha me sentido tão sozinha e
desamparada, longe de casa, sem ter para quem apelar. Tive pena de mim,
sozinha, largada numa terra estranha... Meia hora depois daquela sessão de
autocomiseração, levantei, abri a mala, tomei um banho e pensei: ei, eu estou em Londres!!!!
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Londres não é uma unanimidade, mas é a minha preferida. |
Ao longo da narrativa fui ficando tensa... Através do seu texto, acompanhei você nessa caminhada até o hotel e felizmente chegamos ilesas ao final! Bacana isso de compartilhar emoções! Quero continuar viajando com você neste blog!
ResponderExcluirAmiga, foi mais tenso do que isso que escrevi... rsrs
ResponderExcluirObrigada pelas palavras!
Beijão,
sonia.
Que é que esse cara queria, hein?!! hehehe. Adorei o blog! Um abraço e muitas viagens!
ResponderExcluirObrigada!!! Acho que ele queria pegar meu passaporte! rsrs
ResponderExcluirEm ambiente externo, alma. Em ambiente interno, assombração!!!
ResponderExcluirrsrsrs
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