Juntei-me
aos outros, no desembarque do aeroporto de Fiumicino, para esperar Magali e
Dulce. Muita gente, muito choro, risos, abraços, beijos, flores e barulho. As pessoas
iam chegando e era aquela festa. Gosto de assistir a esses encontros e me distraí
observando as pessoas. Um casal de namorados quase cai de tanto abraço; uma mãe desmaiou com a chegada da filha (acho que era filha), dois homens se esqueceram da vida, se abraçando... Até que me dei conta de que todos haviam saído do voo,
menos as minhas amigas. Será que eu, realmente, havia me perdido com as datas? Isso
não seria difícil de acontecer. Sou muito trapalhona. E comecei a ficar
angustiada... eu precisava estar com elas naquele dia, estava cansada de estar
sozinha, de falar outra língua, decifrar outros códigos. Meu Deus, ponha essas meninas, aqui, por favor!
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Magali e Dulce - parceiras de viagem |
Perdi e ganhei a
esperança várias vezes, me imaginei sozinha naquela viagem e até pensei em voltar antes do tempo, até que, depois de uma hora e meia, elas saíram daquela
porta abençoada. Parecia a "porta da esperança", só faltou um fundo musical. Mesmo assim, chorei feito criança. E elas me olhavam surpresas. Por que essa louca está chorando? A demora aconteceu porque elas foram
revistadas – levaram uma delas para uma sala, apalparam, perguntaram, falaram e
depois liberam a coitada. Acho que eles queriam ver se ela não estaria entrando com
alguma coisa suspeita no país ou, simplesmente, checar se ela não estaria
chegando para ficar. Imagina.... quem trocaria o Rio por Roma???
No caminho
para o hotel, contei toda a minha saga. Rimos um bocado. Depois que passa, tudo é festa. Eu estava feliz com a chegada delas. Sabia que íamos nos divertir muito! Depois de jantar, fomos dormir. A Europa nos
aguardava!
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