quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Em Roma com os romanos

a cidade eterna
Cheguei em Roma às 9 da manhã, depois de uma viagem de 14 horas de trem. Ainda na estação, um homem veio me oferecer hospedagem. Ele disse que conhecia um hotel que era bom e que ficava perto. E a diária, uma pechincha! Paguei pra ver. E me dei bem. O hotel ficava no terceiro andar de um prédio super antigo, perto da estação central. Fomos até lá a pé. Pelo caminho, fui observando as pessoas e logo percebi que os italianos são o povo mais bonito do mundo! O carregador de mala era bonito, o padeiro, o porteiro do hotel, o guarda, o povo que passava... O bronzeado era uma “tendência” – ainda era verão! Todos bronzeados, cabelos bem cortados, elegantes. Muitos Mercedes como táxi, muita lambreta e um trânsito, digamos, familiar. Gostei do que via e me senti bem feliz depois da aventura vivida nas últimas horas. Além disso, a perspectiva de encontrar as minhas amigas me dava um certo conforto.

De cara, gostei do hotel. A recepção era simpática, o quarto era grande, com três camas enormes, bem iluminado e limpo. Apesar do calor que fazia, o quarto era fresquinho, quase frio - parecia que a gente tinha entrado numa caverna. Abri a mala e pus numa mesa baixinha, deixando um espaço para as malas de Magali e Dulce. Pendurei algumas peças no armário. Teríamos 6 dias em Roma. Pelo tamanho da cidade e o número de opções importantes, achei que não daria tempo para ver tudo. E não dava mesmo. Assim, elegi as prioridades e deixei o resto para a próxima vez que fosse à cidade. Sem stress.

Na recepção, peguei um mapa para me localizar e organizar a minha ida ao aeroporto. E como estava tudo bem demais, comecei a desconfiar de que Magali e Dulce não chegariam naquele dia, que aquela data era de saída delas do Rio. Mas, a fé que me move me levou ao aeroporto às 5 da tarde, depois de um banho e de almoçar no restaurante da esquina. O aeroporto estava a mais ou menos 30 quilômetros dali. Fui de ônibus, sem pressa de chegar.

Nunca tinha visto tantos policiais ostensivamente armados espalhados num só lugar, intimidando as pessoas. Naquela época, década de 80, os ataques terroristas aconteciam com facilidade e toda a segurança ainda era pouco. E o aeroporto Fiumicino era um alvo, palco de vários atentados, sequestros etc. Falei com várias pessoas, até chegar ao escritório da companhia, que não me lembro mais qual era, para saber se elas estavam ou não naquele voo. Assim que soube que havia um M. Sousa (com s) e um D alguma coisa (eu não sabia o sobrenome de Dulce), eu me tranquilizei um pouco – o M poderia ser de Marcos, Marcelo, Maria... mas, resolvi confiar e fui para o desembarque esperar minhas amigas.

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