Posso dizer que já fui uma frequentadora assídua de Bruges, a linda cidade belga que, por ser cortada por vários canais, é conhecida como a "Veneza do Norte".
Na época que passei em Ramsgate, na Inglaterra, fazendo intercâmbio, ir a Bruges era como ir ao shopping - uma ou duas vezes por semana, a cada 15 dias. Pegava um barco e atravessava o canal da Mancha para Oostende e, em Oostende, um trem para Bruges. Em menos de 3 horas, estava lá. Naquele período, ir a Bruges era uma "tendência" entre os alunos da Churchill House... Na quarta-feira à tarde, como não tinha aula, almoçava-se cedo para fazer esse programa. Era muito divertido. Aquele bando de gente no barco, no trem, a dar risada, a fazer piada... Mas, confesso, preferia ir sozinha, prestando atenção no que estava vivendo, como se aquela fosse a última vez. Para mim, chegar a Bruges era como atravessar um portal ou acordar, como por encanto, num lugar mágico, irreal. Para sentir isso, precisava de sossego.
No caminho, sempre que o trem diminuía a velocidade, observava a paisagem, as pessoas que esperavam seus trens nas estações. Nada mais bonito que aqui no Brasil, mas diferente, curioso. Causamos o mesmo efeito nos estrangeiros que chegam aqui, eles acham o Brasil a coisa mais linda do mundo. Nós, é que muitas vezes não nos damos conta do que temos em volta. Também olhava as janelas das casas e prédios, gosto de imaginar a vida que as pessoas têm ali por trás das cortinas - se é muito iluminado ou não, o lustre, os quadros. Outro dia, vi uma pessoa na TV falando que também gosta de olhar as janelas, mas não lembro quem foi. Bom, com toda essa observação, o tempo passava muito rápido e logo eu chegava ao meu destino preferido, naquele pedaço do planeta.
Depois do primeiro momento de encantamento, fechava a boca e saía caminhando para o centro da cidade. Chegando lá, o programa era pegar um barco e sair pelos canais que cortam a cidade. O passeio era perfeito para, mais uma vez, observar - a bela arquitetura medieval, as igrejas e prédios que ficavam às margens do canal, as pessoas que iam e vinham em suas bicicletas, os turistas nas charretes - elementos perfeitos que ajudavam a compor a atmosfera poética e bucólica da cidade.
Alugar uma bicicleta e sair por aquelas ruas antigas e estreitas era outro programa a se considerar. E foi assim, pedalando sem destino, que conheci a Rua do Burro Cego, ao lado da prefeitura, e a Rua do Ganso. Não cheguei a ver a sombra do burro e, muito menos, a do ganso. Mas nunca vou esquecer esses nomes. Assim como nunca vou esquecer o dia em que, também de bicicleta, encontrei um belo abridor de garrafa, numa das feiras de antiguidades da cidade, na forma de um Manneken Pis, aquele bonequinho belga, que nós chamamos de Manequinho. O tal Manneken Pis era lindo, pesado, antigo. Um tanto atrevido, com o "Pis" maior que ele mesmo, que servia para tirar a rolha da garrafa. Sem pestanejar, comprei o bichinho.
Alugar uma bicicleta e sair por aquelas ruas antigas e estreitas era outro programa a se considerar. E foi assim, pedalando sem destino, que conheci a Rua do Burro Cego, ao lado da prefeitura, e a Rua do Ganso. Não cheguei a ver a sombra do burro e, muito menos, a do ganso. Mas nunca vou esquecer esses nomes. Assim como nunca vou esquecer o dia em que, também de bicicleta, encontrei um belo abridor de garrafa, numa das feiras de antiguidades da cidade, na forma de um Manneken Pis, aquele bonequinho belga, que nós chamamos de Manequinho. O tal Manneken Pis era lindo, pesado, antigo. Um tanto atrevido, com o "Pis" maior que ele mesmo, que servia para tirar a rolha da garrafa. Sem pestanejar, comprei o bichinho.
o meu é mais delicado que esse |
igreja do Santo Sangue |
museu da batata frita |
Maravilhoso!!! Vontade enorme de ir lá!
ResponderExcluireu tb, amiga...!!!!
ResponderExcluireu vou parar de vir aqui.
ResponderExcluirTenho grana para viajar, não, e esses seus posts ficam é dando vontade...
kkkkkkk vc nao viaja porque vc prefere outras coisa, né, menino...?!
ResponderExcluirEu prefiro viagem, sempre!!!
beijosssssssss